quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Cream - Fresh Cream


Blues | Rock | Clássico | Divina Trindade | Jack Bruce te amo

1 - I Feel Free
2 - N.S.U.
3 - Sleepy Time Time
4 - Dreaming
5 - Sweet Wine
6 - Spoonful
7 - Cat's Squirrel
8 - Four Until Late
9 - Rollin' and Tumblin'
10 - I'm So Glad
11 - Toad
12 - The Coffee Song
13 - Wrapping Paper

    Olá Taverneiros! Como vão vocês? Ando meio sumido, não? Meu tempo anda meio curto... Trabalhando das 8 as 18, tendo que treinar bastante meu baixo (as bolhas nos meus dedos estão épicas) e realizei um desejo que eu tinha a tempos: comprar um computador novo. Agora tô passando meu tempo jogando tudo que meu computador antigo não era capaz de rodar (diga-se de passagem: qualquer jogo). Tranquei minha faculdade e a partir de mês que vem meu tempo vai ficar mais curto ainda pois estarei estudando para alguns concursos públicos que vão rolar no ano que vem. Meu sonho é ganhar grana com música, mas até lá, preciso de um emprego melhor, haha.

       Eu e o Tito andamos com umas ideias bacanas. Ele tá mandando bem na gaita e a gente tá pensando em mandar uns blues às vezes, mas só de zoeira mesmo. Um dia desses encontrei com ele e um amigo nosso, o Magma, que toca bateria e baixo demaaaaissss. A gente foi fazer um som com dois violões e uma gaita na mão do Tito, e saiu um som bem bacana. É raro a gente gravar alguma coisa (até mesmo no celular, como foi o caso) mas, como prometido, estarei mostrando aqui pra vocês alguns sons nosso. Pra quem quiser ouvir:



       Esse domingo foi o dia mais quente no último ano em Belo Horizonte. Tive a excelente ideia de pedir um delicioso creme de açai e, claro, enquanto esperávamos ficar pronto essa delícia gelada, ouvimos Cream. E ouvi com muita atenção o primeiro disco deles e simplesmente estou apaixonado. Conheço bastante do segundo e do terceiro discos do Cream. Sou totalmente fanático com eles, mas o primeiro não era um dos meus preferidos, até esse domingo, haha. Pra te convencer de ouvir esse disco, vou colocar a música que eu ouvi e falei: NU.



       Pelas duas resenhas que já fiz sobre o Cream, vocês já devem conhecer um pouco da história desses caras. O incrível do Fresh Cream é que, pra um disco de 1966, é um som muito original e virtuoso pra época. Tudo que Clapton queria era tocar blues e, antes mesmo do Cream ser formado, ele já era o maior guitarrista de toda o Reino Unido quando tocava no John Mayall & The Bluesbreakers. E o primeiro disco é recheado de blues do começo ao fim. Rollin' and Tumblin' se tornou, automaticamente, uma das minhas músicas preferidas do Cream, mas não é somente essa música que é quebradeira sonora, mas sim, quase todo o disco.

       É um disco bem rápido. O Lado A tem 21:41 de duração e o Lado B em apenas 19 minutos. O disco já abre com a paulera de "I Feel Free", que tem uma das linhas de baixo mais violentas de todo o disco. Imagino a reação das pessoas ao ouvirem a primeira música do primeiro disco da talvez primeira super banda da história. A expectativa era grande pois os três músicos já eram consagrados antes mesmo do Cream ser formado. Colocar o LP do Fresh Cream num toca disco e ouvir algo que, antes deles, nunca tinha sido tocado dessa maneira, foi realmente marcante. "N.S.U." é uma puta gritaria harmônica, digna de ser antecedente do blues de "Sleepy Time Time", aonde a guitarra derrete nos bends e vibratos característicos do Clapton. Terminando o Lado A tem o blues de Spoonful, um dos maiores clássicos do blues, composto por Willie Dixon. Não preciso nem comentar o quanto eles tocam nessa música, né?




       Abrindo a segunda parte, na faixa sete, está "Cat's Squirrel", que é um bluzão tradicional que foi gravado por várias bandas bacanas (como Jethro Tull). Destaco também, no Lado B do disco, "Rollin' and Tumblin", aonde Jack Bruce DESTRÓI na gaita. Simplesmente destrói. A bateria dessa música também é animal, impossível de acompanhar se você não for o próprio Ginger Baker. A guitarra vai te dar vontade de chorar de tão divino que é o som. Pra mim, a melhor música de todo o álbum. Depois dela, vem a baladíssima "I'm So Glad". A única composição de Baker fica em "Toad", que tem um dos riffs que eu mais odeio (por ser tão simples e tosco), mas tem um puta solo de bateria. No final tem o piano tocado por Jack Bruce em "Wrapping Paper", cantada em conjunto com um coral de Clapton e Baker.

      Ouçam esse disco e se apaixonem como eu apaixonei. Vou tentar postar mais vezes aqui, mas realmente o tempo ta corrido (escrevi a resenha no meu trampo, haha). Abraços!




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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Cream - Disraeli Gears

Blues | Rock N' Roll | Psicodélico | Clássico | DEUSES

1 - Strange Brew
2 - Sunshine Of Your Love
3 - World Of Pain
4 - Dance The Night Away
5 - Blue Condition
6 - Tales Of Brave Ulysses
7 - Swlabr
8 - We're Going Wrong
9 - Outside Woman Blues
10 - Take It Back
11 - Mother's Lament


Uma breve prévia deste disco, ao vivo!
   
     Bom dia Taverneiros! Como vão vocês? Tô me recuperando da cirurgia que fiz e tá indo tudo bem, tiro meus pontos terça feira e posso voltar à minha rotina normal com meu trabalho, faculdade e banda. Tirei onze dias de licença e a única coisa que tô fazendo nesse tempo é tocar baixo, juro pra vocês. Consigo ver, nitidamente, a evolução que acontece quando você senta por dias e passa 3, 4 horas por dia treinando em um instrumento, é realmente compensador o resultado. Mas, obviamente, tá impossível de tocar algumas música e posso afirmar que quase todas essas músicas que não consigo tocar são, adivinha de quem? Jack Bruce.



Esse cara toca demais, galera.

   
    Minha banda de funk resolveu, pra fins de diversão e pra poder brincar mais nos ensaios, colocar algumas músicas que, apesar de não serem funk, vão abrir espaço para nós ganharmos mais sinergia e entusiamo um com o outro. O nosso vocalista sugeriu tocarmos "You Don't Know Me", do Caetano e eu, pelo fato de só conseguir ouvir Cream e Band Of Gypsys, sugeri que tocássemos "Sunshine Of Your Love", deste disco do Cream. Se a gente chegar a gravar algo dessas músicas no estúdio, obviamente vou trazer aqui pra vocês, haha!

     Mas então... Ando ouvindo apenas esse disco. É um disco perfeito pra você acender um cigas e dirigir enquanto as luzes vão cruzando seu carro lentamente. Ele flui de uma maneira única e tem faixas realmente marcantes, que não saem da sua cabeça nunca. Considero esse o segundo melhor disco do Cream, porque o Wheels Of Fire merece estar em primeiro lugar por causa de músicas como "Politician", "Deserted Cities of the Heart", "Pressed Rat and Warthog" e, obviamente, a melhor versão já executada de "Crossroads" que já pôde ser tocada na existência humana neste planeta Terra. Disraeli Gears é, apesar da minha preferência pelo terceiro disco da banda, um PUTA álbum. Ao meu ver, tem uma levada mais experimental por causa de composições como "Swlabr", "We're Going Wrong" e "Blue Condition" (convenhamos, é experimental pra caralho pra 1967, não existia nem o conceito de experimental nessa época, praticamente).



     Como eu já disse naquela resenha que fiz sobre o Wheels Of Fire há algum tempo, Cream foi, ao meu ver, a primeira super banda da história (junto com o Blind Faith, logo depois). Os três integrantes tocavam demais, cara. É inacreditável o nível inalcançável de habilidade que cada um tinha separadamente e mais ainda em conjunto.  Ginger Baker é um viking ruivo magrelo de dois metros de altura, um dos melhores bateristas de jazz que já pisara na Inglaterra. Jack Bruce é outro monstro. O cara consegue fazer notas a uma velocidade inacreditável usando apenas os dois dedos da mão direita. Tem uma entrevista no documentário chamado "BEWARE OF MR. BAKER" aonde Ginger conta como que conheceu Bruce e como que a rivalidade musical deles começou: Baker, quando começou a tocar junto com Bruce, começou a fazer um jam extremamente veloz em um ensaio e, enquanto ninguém que ele conhecia conseguia acompanhá-lo, esse cara ao lado dele tocando o contra-baixo acústico conseguiu acompanhar. Ele ficou desacreditado.

    O outro integrante da banda não precisa de apresentações. Clapton já era considerado Deus, literalmente, bem antes do Cream começar. Na época de lançamento do Disraeli Gears eles já eram a banda mais famosa e requisitada de toda a Inglaterra. Lembrando que em 1967 não existia Led Zeppelin, The Jimi Hendrix Experience tinha apenas um ano de formação e a única banda no cenário que era "compatível" com o Cream era o The Who.



   
     Ouçam esse disco com calma, de preferência ligeiramente chapado, sentado em algum lugar confortável e acompanhado de um cigarro. Detalhes para a música que abre o álbum, "Strange Brew". Uma baladinha guiada por Clapton e Bruce nos vocais e que é seguida pelo clássico "Sunshine Of Your Love". Atenção também para "World Of Pain", aonde fica a marca de Jack Bruce cantando ".... Outside my window is a tree." Muito cuidado ao ouvir a delícia de música que é "Tales Of Brave Ulysses", que te leva em uma letra literalmente épica junto ao instrumental delicioso. Deixo pro final "Take It Back", que tem uma das melhores linhas de baixo de todo o disco. 

     That's All, Folks! Pra quem conhece esse disco, ouçam ele mais! Pra quem não conhece, ouçam pela primeira vez esse pote de nutella musical trazido diretamente de 1967 pra vocês. Abraços! 

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domingo, 1 de setembro de 2013

Idaho - Hearts Of Palm


Indie | Slowcore | Alternative | Chill-out | Folk | Lo-Fi

1 - To Be the One
2 - Hearts of Palm
3 - Down in Waves
4 - This Cloud We're On
5 - Happy Times
6 - Dum Dum
7 - Astrida
8 - Evolution Is Cold
9 - Alta Dena
10 - Before You Go
11 - Under


Boa tarde, Taverneiros! Como vão vocês? Eu tô um lixo! Acabei de chegar em casa de um cirurgia de cinco horas e meia de septoplastia e rinoplastia conjunta e meu nariz não pára de sangrar. Mas já que não posso fazer nada além de ficar sentado ou dormir, vou escrever rapidinho aqui no blog, haha.



Conheci essa banda a poucos dias num grupo muito bom que um amigo me colocou lá no facebook. A voz é extremamente parecida com a do vocalista do Dinosaur Jr. porém com uma pegada mais folk, indie, sei lá. O som é muito agradável e eu realmente fiquei muito feliz de ter conhecido isso numa época em que eu não aguentava mais ouvir Fela Kuti e Cream, HAHA. Não encontrei muita informação sobre a banda, além do fato de que são da Califórnia e que a banda nasceu em 1991. Eles tem vários discos, pelo menos uns cinco e esse ai foi o primeiro com o qual tive contato, que é de 2000. A qualidade do trabalho dos caras é realmente muito boa para uma banda que não faz, relativamente, sucesso.

Ouçam o disco inteiro em algum dia que não esteja fazendo calor, de preferência chapados e com o seu amor do lado pra compartilhar o som. Disco aprovadíssimo para ouvir dirigindo, também. Separo os faixas "To Be the One", "Hearts of Palm", "Down in Waves" e "Alta Dena". Não vou falar muito aqui porque, realmente, preciso de repouso. Estarei postando mais nessa semana e nas próximas. Falando nisso, ando meio insatisfeito com a baixa quantidade de bandas que estou descobrindo recentemente. Se alguém quiser me indicar um som de alguma banda que não esteja aqui na Taverna podem me mandar um e-mail ou me adicionarem no facebook, sintam-se à vontade.

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